Padre Manuel Albuquerque
Com que alegria e juvenil transporte
Eu te vesti, batina tão querida!…
Nessa cor preta, que relembra a morte,
Com voz tão clara, só me dizes – Vida!…
O teu pesado e desejado porte
À epopéia de Cristo me convida!…
E eu, que era fraco, já me sinto forte;…
Era medroso, e só desejo a lida!…
Dentro de ti eu sinto-me guardado,
Tal qual se fora intrépido soldado
A combater de um forte baluarte!…
E eu juro a Deus, perante os céus e a Terra,
Pois que a batina o meu futuro encerra:
Minha santa batina, eu juro honrar-te!…
* A pedido de seus alunos (seminaristas) que a receberam, em 1948, no dia de São José, em Braga, Portugal.