A agropecuária vem sendo prejudicada por contínuas ameaças de indigenistas, ambientalistas, quilombolas, ONGs, MST, além de estar “engessada” por medidas governamentais
O livro Agropecuária – Atividade de alto risco vem alcançando grande repercussão junto à classe rural, legitimamente preocupada com a situação no campo, e também nos formadores de opinião. Sua primeira edição esgotou-se em menos de dois meses. Com linguagem clara e direta, denuncia os perigos que vêm ameaçando os agropecuaristas brasileiros e mostra como a agropecuária brasileira está perseguida: ameaças do MST, de quilombolas, indigenista, ambientalista, “índices de produtividade”, pretenso “trabalho escravo”. Um verdadeiro estudo baseado em dados comprovados, obtidos junto a produtores rurais que preferiram o anonimato, para evitar possíveis retaliações.
O produtor rural está sendo triturado, e a propriedade privada no campo está deixando de existir, cedendo lugar a um coletivismo que “engessa” a produção, engolindo mais de 70% do território nacional. Se não houver reação à altura, em futuro próximo o Brasil passará de exportador de alimentos a importador, exatamente no momento em que o mundo mais precisa de nossa produção.
Catolicismo entrevistou Nelson Ramos Barretto, que é autor da mencionada obra juntamente com Paulo Henrique Chaves. Os autores são jornalistas, com vários livros publicados*.
Catolicismo — O que está acontecendo com a agropecuária no Brasil?
No entanto, eles estão sendo perseguidos, suas propriedades são invadidas e saqueadas pelas hordas impunes do MST. Enquanto em outros países os agricultores são estimulados pelos governos, no Brasil eles são perseguidos por decretos de desapropriação para Reforma Agrária, ou para demarcação de absurdas e imensas reservas indígenas ou quilombolas. Além de multas escorchantes, baseadas em leis ambientais despropositadas.
Catolicismo — Por que o seu livro afirma que agropecuária transformou-se em atividade de alto risco em nosso País, nos dias de hoje?
Sr. Nelson Barretto — De fato, além de enfrentar os desafios próprios a qualquer atividade econômica urbana, industrial ou comercial — rentabilidade, carga tributária, estrutura pública, mercado, burocracia —, a agropecuária arca com os seus problemas característicos, como a manutenção de estradas de acesso às propriedades, a construção de benfeitorias e residências, a alimentação e o transporte de sua mão-de-obra.
A distância dos centros urbanos, por outro lado, dificulta as comunicações e a comercialização de produtos, bem como o acesso ao mercado de peças, máquinas e equipamentos, ou mesmo o recebimento de assistência técnica. Outra questão elementar para o produtor rural, mas não pequena, é a sua completa dependência da meteorologia: falta ou excesso de chuvas, geadas, granizo, calor excessivo, além das pragas.
Entretanto, novas dificuldades vieram somar-se às já existentes, prejudicando o bom desempenho dos ruralistas, a ponto de lhes retirar o estímulo de ousar e empreender. A maior dessas dificuldades é a ameaça constante ao direito de propriedade. Elemento fundamental de todo sadio progresso, esse direito é essencial à liberdade no nosso regime político. Mas tantas e tão constantes são as ameaças à propriedade, que a agropecuária vem se tornando atividade de altíssimo risco.
Catolicismo — A principal ameaça vem do MST?
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Esses crimes não são praticados apenas contra os proprietários, mas vulneram toda a agropecuária e todo o Estado de direito. Tais delitos ocorrem porque os agitadores sabem que ficarão impunes, e que nada vai lhes acontecer. E pior, ainda continuam a receber gordas verbas do erário público, sustentado pelos impostos dos contribuintes.
Catolicismo — Se o MST não é a pior ameaça, então quais são as outras?
O INCRA, a FUNAI e o IBAMA, verdadeiros flagelos infligidos ao desenvolvimento brasileiro, agem em combinação com o MST e a Comissão Pastoral da Terra (CPT), ligada à CNBB. Assim, são muito reveladoras as declarações de D. Tomás Balduíno, ex-presidente da CPT, ao definir o novo modelo de Reforma Agrária como sendo de propriedade coletiva, a exemplo do sistema cubano ou tribalista. “Não aquela que divide o chão, mas a que inclui o posicionamento das quebradeiras de coco, dos seringueiros, dos ribeirinhos, dos quilombolas e até dos indígenas que têm um relacionamento sui generis com a terra”. O prelado reconhece que “há muita resistência das bases populares. O pessoal quer o próprio chão”. Ou seja, os próprios “beneficiados” percebem que a propriedade coletiva seria a volta da escravidão e a ditadura do Estado comunista. Entretanto, essa esquerda até hoje não se convenceu e não admite o fracasso do regime comunista –– “a pior ditadura e miséria de todos os tempos”, como o qualificou o Cardeal Ratzinger, atual papa Bento XVI.
Sem mudar a Constituição ou as leis, essa revolução agrária está em marcha. Com seis portarias, a FUNAI colocou em polvorosa 26 municípios do sul de Mato Grosso do Sul, demarcando áreas em favor de uma recém-criada nação guarani. O laudo antropológico passa por cima de escrituras centenárias. A intervenção do governador e de toda a bancada de senadores e deputados federais do estado não tem o menor valor diante das portarias da FUNAI.
Tal situação se repete em todos os estados brasileiros. Quando não são reservas indígenas, inventam-se territórios de remanescentes quilombolas, ou áreas de preservação ambiental. Para salvar uma perereca, importante obra de duplicação de estrada é embargada.
Catolicismo — Qual tem sido a reação do produtor rural?
Sr. Nelson Barretto — Nosso produtor está inteiramente despreparado para essa situação. Ele estava acostumado com a natural proteção do Estado, que pensava na segurança alimentar de nossas populações. Ainda não acordou para atual situação, em que o governo (ou setores do governo) tornou-se inimigo do proprietário rural.
Uma verdadeira conjuração está por trás dos movimentos subversivos, que se movem sob as ordens de religiosos da esquerda católica, de movimentos internacionais e de ONGs, com apoio ostensivo e financiamento da máquina aparelhada do Estado brasileiro. É uma situação inusitada. O próprio jornal esquerdista francês “Le Monde” noticiou, no início do governo Lula, que o agronegócio brasileiro era a galinha dos ovos de ouro; e que não acreditava no fato de o presidente Lula cometer “um erro grosseiro, dando as costas ao poderoso setor do agronegócio. Mesmo em nome da justiça social e do acesso à terra... Não se mata a galinha dos ovos de ouro”, concluiu o diário parisiense.
Entretanto, essa galinha preciosa está sendo depenada. Se não houver uma reação — sempre legal e pacífica, como propugna nossa campanha Paz no Campo, mas eficaz — a situação do Brasil pode se inverter: de exportador de alimentos, tornar-nos-emos pobres importadores.
Catolicismo — Como reverter essa situação?
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Assim, nosso livro pretende servir de alerta aos setores sadios da sociedade brasileira, antes que se mate a galinha dos ovos de ouro e o País caia na triste e vergonhosa miséria comunista.
Não se iluda, leitor. Hoje tais ameaças atingem o homem do campo, mas amanhã atingirão os habitantes da cidade. Afinal, elas decorrem de uma ideologia socialista, que levará a miséria ao campo e à cidade.
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Frases:
Nelson Barretto: “As propriedades são saqueadas pelas hordas impunes do MST. Enquanto em outros países os agricultores são estimulados, no Brasil eles são perseguidos”Na fazenda Santo Henrique, no interior de São Paulo, os sem- terra depredaram casas e tratores, bem como móveis e equipamentos dos empregados da propriedade
As imagens desse vandalismo, veiculadas pela mídia, galvanizaram um sentimento crescente de indignação diante da violência e do desrespeito às leis praticados pelo MST
“Uma verdadeira conjuração está por trás dos movimentos subversivos, que se movem sob as ordens de religiosos da esquerda católica e de ONGs”
Nota:
(*) São os seguintes os livros publicados, que podem ser adquiridos na Petrus Editora Ltda. Rua Javaés, 707, São Paulo – SP. CEP 01130-101. Fone: 3331-4522. Site: www.livrariapetrus.com.br
1) Reforma Agrária — o mito e a realidade: best seller que apresenta uma radiografia dos assentamentos da Reforma Agrária, mostrando sua situação de miséria e de favelas rurais, através de depoimentos dos próprios assentados;
2) A Revolução quilombola – guerra racial, confisco agrário e urbano, coletivismo; Analisa o decreto presidencial que vem provocando divisão e conflito racial, desfechando em mais um golpe contra o direito de propriedade de terras devidamente escrituradas e em plena produção;
3) Tribalismo Indígena, ideal comuno-missionário para o Brasil no século XXI – 30 anos depois – Ofensiva radical para levar à fragmentação social e política da nação. Uma reedição atualizada da obra de Plinio Corrêa de Oliveira, que com três décadas de antecipação denunciou o verdadeiro tsunami demarcatório de terras indígenas, lesando o direito de propriedade mediante simples decretos e portarias, os quais já “engessaram” 13% do território nacional.
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