quinta-feira, 28 de janeiro de 2010
terça-feira, 19 de janeiro de 2010
Santo Ambrósio, Ilustre Padre da Igreja
Oriundo de antiga família de Roma que tinha dado à Igreja mártires, e ao Estado altos oficiais, Ambrósio era o terceiro filho do virtuoso prefeito das Gálias, cujo nome era o mesmo do santo. Essa era uma das quatro grandes prefeituras do Império, e o mais alto posto a que podia chegar um simples vassalo. Compreendia os atuais territórios da França, Inglaterra, Espanha e Tingitana, na África. Tréveris, Arles e Lyon, suas três principais cidades, disputam a honra de ser o berço de Santo Ambrósio, que nasceu no ano 340. Fora precedido uns dez anos antes por uma irmã, Marcelina, virgem consagrada que será também elevada à honra dos altares, e por Sátiro, seu irmão, que é também venerado como santo.
Por volta do ano 354, em que faleceu seu pai, a família voltou para Roma. A mãe, discernindo no filho caçula uma inteligência aguda e extraordinária aptidão para o estudo, deu-lhe os melhores professores da Cidade Eterna. Ambrósio cursou também com brilho as escolas superiores, unindo ao estudo os exercícios de piedade. Conservou-se sempre casto em meio à corrupção reinante.
Graduado em Direito, logo se distinguiu na Corte de Justiça pela eloqüência e habilidade. O prefeito pretoriano da Itália, Anicius Probus, chamou-o para seu conselho. Encantado com suas qualidades morais e intelectuais, obteve para ele, do imperador Valentiniano, o cargo de governador consular da Ligúria e Emília — que compreendiam então as províncias da arquidiocese de Milão, Turim, Gênova, Ravena e Bolonha — com residência em Milão. Ao despedir-se de Ambrósio, esse pagão foi profeta ao dizer-lhe: “Vá e aja não como juiz, mas como bispo”.
Quando Ambrósio chegou a Milão, em 372, a cidade encontrava-se em situação religiosa deplorável, devido à influência da heresia ariana. Havia quase 20 anos que um herege e usurpador, Auxêncio, amparado pelo imperador Constâncio, apossara-se da sé de São Barnabé, obtendo o exílio do verdadeiro bispo, São Dionísio, que morreu no desterro. Apesar de condenado pelo Papa São Dâmaso, o intruso permaneceu em seu posto até sua morte, ocorrida em 374. Com seu falecimento, os verdadeiros católicos queriam escolher um bispo fiel, e os arianos um que continuasse a favorecer a heresia. Clero e povo reuniram-se na catedral para escolher o novo prelado, mas o conflito entre os partidos era tal, que ameaçava tornar-se verdadeira batalha. Ambrósio, por sua bondade, afabilidade, retidão e gentileza, conquistara os corações de todos. Julgou seu dever, como governador, acalmar os ânimos. Sua presença fez cessar o tumulto. Ele aconselhou calma e submissão à decisão dos bispos. Quando terminou de falar, ouviu-se uma voz infantil exclamar: “Ambrósio, bispo!”. Esse brado caiu como um raio sobre a assembléia, que começou a repeti-lo acaloradamente.
Ambrósio não era clérigo. Além disso, segundo costume pouco recomendável do tempo, nem tinha sido batizado, era ainda catecúmeno. E o Concílio de Nicéia havia proibido que simples neófitos fossem promovidos ao episcopado. O perplexo Ambrósio alegou essa razão para fugir à tremenda responsabilidade. Nada, porém, abalou o povo, que era inspirado por Deus.
O caso foi levado ao Papa e ao imperador, que ratificaram a escolha. Depois de muita resistência, Ambrósio curvou a cabeça, temendo contrariar a vontade divina. Foi batizado e recebeu as ordens menores e maiores. Uma semana depois, foi sagrado bispo. Tinha então 35 anos, e governaria a igreja de Milão por mais 23, plenos de atividades e realizações.
Ao tomarem conhecimento de sua sagração episcopal, seus irmãos acorreram a seu lado: Santa Marcelina, para ajudá-lo nas coisas práticas e na parte religiosa; e São Sátiro, para auxiliá-lo no aspecto temporal do cargo. Este devotado irmão, que renunciou a uma prefeitura para realizar essa missão, era muito unido a Santo Ambrósio. Por ocasião da sua morte prematura, poucos anos depois, Santo Ambrósio pronunciou dois comoventes elogios fúnebres, exaltando suas virtudes.
Formando-se para formar outros
Graduado apenas nas artes liberais, Santo Ambrósio entregou-se ao estudo das ciências divinas para completar sua formação sacerdotal. “Seus estudos eram de uma natureza eminentemente prática; ele aprendia o que devia ensinar. No exórdio de seu tratado De Officiis, lamenta que, devido à rapidez de sua transferência do tribunal para o púlpito, era obrigado a estudar e a ensinar simultaneamente. Sua piedade, seu profundo julgamento e genuíno instinto católico preservaram-no do erro, e sua fama de eloqüente expositor da doutrina da Igreja chegou logo aos confins da Terra”.(1)
O fato é que Ambrósio aprofundou-se tanto nas ciências sagradas, que mereceu ser incluído entre os quatro principais Padres da Igreja Latina, recebendo também o título de Doutor da Igreja. Ele é considerado a principal testemunha dos ensinamentos da Igreja em seu tempo e nas épocas precedentes. Com isso, seus escritos adquiriram força e atualidade difíceis de se encontrar, mesmo em outros Padres da Igreja.(2)
Santo Ambrósio e Santo Agostinho
Ambrósio estava sempre pronto para receber seus fiéis, a qualquer hora do dia ou da noite, fossem eles aristocratas ou mendigos. Com isso, estava sempre atarefado, como escreve Santo Agostinho em suas famosas Confissões: “Eu não via meio de conversar com ele, como teria desejado, porque um exército de necessitados me impedia de chegar à sua presença”, diz ele referindo-se à época anterior à sua conversão. Quando o encontrava só, tinha medo de o interromper: “Eu me sentava, e depois de ter passado longo tempo contemplando-o em silêncio — quem teria se atrevido a perturbar uma atenção tão profunda? — retirava-me pensando que seria cruel molestá-lo no pouco tempo que reservava para reconcentrar seu espírito no meio do tumulto dos negócios”.(3) Por incrível que pareça, esse aparente pouco caso de Santo Ambrósio era mais útil espiritualmente a Santo Agostinho do que todo tempo que o santo porventura lhe dedicasse. Prova dessa afirmação constitui a própria conversão do grande Doutor de Hipona.
Apostolado por meio de seus escritos
Santo Ambrósio escreveu vários trabalhos sobre a virgindade, que o mais das vezes consistiam em sermões. O mais importante deles é o tratado Sobre as Virgens, dedicado à sua irmã Marcelina. São Jerônimo diz que ele foi o mais eloqüente e exaustivo de todos os expositores da virgindade, o que também é opinião da Igreja.
Seus escritos dogmáticos tinham por fim combater os hereges e os pagãos, e versam em geral sobre a divindade de Jesus Cristo, do Espírito Santo, e tratam também dos Sacramentos. Ele escreveu sobre esses temas contra os arianos; e seu trabalho sobre a confissão é uma refutação dos novacianos, hereges da época, cujos erros assemelham-se aos dos protestantes. O ilustre arcebispo escreveu também sobre o sacerdócio. “Se Santo Ambrósio se dedicava com tanta solicitude a bem regular os leigos, aplicava-se com mais cuidado à boa disciplina de seus eclesiásticos. Sabia que um bom padre é um tesouro que não se pode estimar suficientemente, e que os grandes males da Igreja vêm da corrupção daqueles que a governam, como os maiores bens nascem de sua sábia conduta e bons exemplos. E que, para reformar o povo, é necessário começar pela reforma dos ministros do santo altar”.(4)
Luta tenaz contra os hereges arianos
Os arianos, que negavam a divindade de Cristo, conseguiram o favorecimento da imperatriz-mãe, Justina, que aderira à heresia. Ela exercia a regência em lugar de seu filho menor, Valentiniano II. Ora, o usurpador Máximo, governador da Grã-Bretanha, preparava seu exército para invadir Milão. Justina recorreu então a Santo Ambrósio para conseguir que o tirano mudasse de opinião. Isso realmente ocorreu. Entretanto Justina, em vez de mostrar gratidão ao santo, exigiu-lhe a entrega de uma de suas basílicas para uso dos hereges arianos. Começou então uma longa batalha entre altar e trono. Santo Ambrósio afirmava: “Meus bens são da pátria, mas o que é de Deus, não tenho o direito de entregar”. Os arianos armaram ciladas, tentando até mesmo assassinar o bispo, mas este não cedeu. O povo era-lhe favorável. Na Semana Santa, os soldados de Justina cercaram a catedral repleta de povo. Durante os oito dias em que permaneceu no templo com os fiéis, Ambrósio, para entretê-los, compôs seus famosos hinos, segundo o uso no Oriente, que a Igreja assumiu como seus. Durante esses dias foram encontrados os corpos dos mártires São Gervásio e São Protásio. Os milagres que operaram à vista de todos, mais de um século após sua morte, consolidaram a vitória do arcebispo contra os arianos.
O valor do arrependimento e da penitência
Santo Ambrósio admoestou-o, proibindo-o de entrar na catedral enquanto não fizesse penitência pública pelo pecado cometido. Na oração fúnebre que fez desse imperador, Santo Ambrósio narra o que seguiu: “Despojando-se de todo emblema da realeza, ele deplorou publicamente na igreja o seu pecado. Essa penitência pública, da qual os particulares fogem, um imperador não se envergonhou de fazer; nem houve depois um dia em que ele não se afligisse por seu erro”.(5) Nessa ocasião, Eugênio, que desejava restaurar o paganismo, usurpou o trono imperial. O invicto Teodósio foi ao seu encalço e o derrotou. Dividiu então o Império entre seus filhos Arcádio e Honório, e morreu pouco depois, tendo a seu lado Santo Ambrósio, que lhe administrou os últimos sacramentos.
O grande arcebispo seguiu o imperador dois anos depois, falecendo na noite do Sábado Santo, 4 de abril de 397. Sua festa foi fixada para o dia 7 de dezembro, aniversário de sua sagração episcopal.
E-mail do autor: pmsolimeo@catolicismo.com.br
Santo Antonio Maria Claret
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Honduras: obstáculo para a formação de um bloco socialista na América Latina
A esquerda internacional encontra-se num dilema. Desde a queda do Muro de Berlim e a dissolução da URSS (que não significou a morte do comunismo, mas sua metamorfose), a seita marxista vem acumulando fracassos naquilo que constitui a sua razão de ser: a conquista da opinião pública.
A formação da União Européia (UE), anterior ao atual declínio das esquerdas na Europa, constitui em nossos dias um fator próprio a revigorá-las. Com efeito, aquele organismo internacional tem por objetivo aglutinar as nações do continente europeu e ir eliminando gradualmente as soberanias de cada uma delas.
A partir de burocratas a serviço de um governo central sediado em Bruxelas, a UE disporia a seu talante do destino de todas elas, o que tem levado diversos observadores a falar de uma União das Repúblicas Socialistas da Europa. De tal maneira esse plano parece constituir ponto de honra para os condutores do processo revolucionário na Europa, que eles vêm atropelando a opinião pública de diversos países, que nos referendos até aqui realizados tem-se manifestado infensa à propaganda eurocêntrica.
Paralelamente à Europa, ao que tudo indica um plano semelhante vem sendo aplicado na América Latina, embora em estágio menos avançado. Consistiria na formação de um só bloco englobando todos os países do Continente, dirigido por líderes populistas como o venezuelano Chávez, propugnadores de um enigmático e preocupante “socialismo do século XXI”.
Em tal contexto se insere a matéria de capa desta edição, que trata de Honduras e a crise ali instalada. Se na Europa a Irlanda tem sido o principal obstáculo à Constituição da UE, que agora pende da decisão da República Checa, de algum modo se pode dizer que Honduras exerce, ao lado da Colômbia, obstáculo semelhante para a formação de um bloco socialista na América Latina.
Daí o afinco com que todas as forças da esquerda internacional — especialmente ONU, OEA e ALBA — se vêm empenhando para remover essa incômoda pedra do caminho.
Paulo Corrêa de Brito Filho
Diretor
Afronta às tradições e à alma da Itália
Antecipando o inferno
Um festival do inferno (Hellfest) foi realizado na cidade francesa de Clisson, de 19 a 21 de junho último (cfr. “Correspondance Européenne”, n° 203, julho/2009). Não há engano na informação. Sim, do “inferno”!
Não se tratou simplesmente de um bando de degenerados que resolveu fazer estrepolias, mas foi um evento patrocinado pela cidade, pelo Conselho Regional da Região do Loire e pelo Conselho Geral do Loire-Atlântico. Estiveram presentes à inauguração a vice-presidente da Cultura, Yanick Lebeaupin e o conselheiro regional, Chloé Le Bail. Tudo oficial, portanto. Foi figura de destaque no festival um cantor que atende pelo nome de Marilyn Manson, cuja fama consiste em ser o “reverendo da igreja de Satanás”.
Presente também um outro conhecido seguidor dessa “igreja”, chamado Soan, novo ídolo de rock francês, que se apresenta de um modo extravagante que a imprensa se compraz em chamar de “atípico” ou “gótico”: roupas excêntricas, brincos nas orelhas, olhos tingidos. 108 grupos de “música extrema” produziram um total de 15 horas diárias de algazarra. Entre eles, os Destroyer 666, que se proclamam como anti-cristos prontos a “começar o ataque” e a “fazer fogo”. As vítimas dessa ameaça são, sem dúvida, os cristãos, aos quais eles aconselham a “fazer vossas orações”, pois “não escapareis ao martelo de Satanás”. Ao mesmo tempo, diversos cantores incitaram a “queimar os padres”. É o mesmo grupo que, em seu site na Internet, lança mensagens de morte com imagens de torturas, mutilações, rostos monstruosos, corpos retalhados e olhares desesperados.
Segundo o organizador, Ben Barbaud, cerca de 60 mil pessoas participaram do festival. Um jovem padre enviou um protesto aos patrocinadores, no qual denuncia que o festival contribui “para uma atitude mórbida, que conduziu diversos jovens que eu conheci a se suicidarem; se eu faço esta menção de caráter pessoal, é porque estou em contacto com pais, que ficaram afetados para sempre, e com amigos desses jovens, que estão profundamente chocados” (Présent, 25-6-09).
Que autoridades patrocinem oficialmente a perversão da juventude, por meio de tais delírios demoníacos, só pode fazer Nossa Senhora chorar... enquanto não chegar o momento de Deus intervir com grande poder e majestade. Que Nossa Senhora obtenha do Menino Jesus que Ele faça cessar de vez a abominável onda de blasfêmias e sacrilégios que se avoluma no mundo moderno
Fonte: Revista Catolicismo Dezembro de 2009
Dr. Plinio Corrêa de Oliveira
A vida de Plinio Corrêa de Oliveira, não se caracterizou unicamente por uma fecunda operosidade.
Foi ele, sobretudo, homem de Fé. Não uma fé comum, mas uma Fé profunda, reverente e entusiasmada na Igreja Católica, Apostólica, Romana.
Exemplo dessa Fé e desse amor entranhado e ardoroso à Santa Igreja é o seguinte trecho de uma Via-Sacra, por ele composta em março de 1951:
"No Véu [da Verônica], a representação da Face divina foi feita como num quadro. Na Santa Igreja Católica, Apostólica, Romana ela é feita como num espelho".
“Em suas instituições, em sua doutrina, em suas leis, em sua unidade, em sua universalidade, em sua insuperável catolicidade, a Igreja é um verdadeiro espelho no qual se reflete nosso Divino Salvador. Mais ainda, Ela é o próprio Corpo Místico de Cristo. (...)"
“Pertencer à Igreja é coisa muito alta e muito árdua. Devemos pensar como a Igreja pensa, sentir como a Igreja sente, agir como a Igreja quer que procedamos em todas as circunstâncias de nossa vida. Isto supõe um senso católico real, uma pureza de costumes autêntica e completa, uma piedade profunda e sincera. Em outros termos, supõe o sacrifício de uma existência inteira”.
Como corolário de seu profundo amor à Santa Igreja sobressaía continuamente em Plinio Corrêa de Oliveira um grande devotamento ao Sumo Pontífice. A tal ponto que em uma de suas últimas palestras, para um grupo de jovens cooperadores da TFP, afirmou ele que ao chegar ao termo desta vida, seu último alento seria um ato de amor, de veneração e de fidelidade ao Papado.
Não era outro o espírito que o animava ao escrever a conclusão de seu livro Revolução e Contra-Revolução. Não quis ele encerrar aquela obra “sem um preito de filial devotamento e obediência irrestrita ao `doce Cristo na terra', coluna e fundamento infalível da Verdade (...).
“`Ubi Ecclesia ibi Christus, ubi Petrus ibi Ecclesia'.É pois para o Santo Padre que se volta todo o nosso amor, todo o nosso entusiasmo, toda a nossa dedicação”.
“Sobre cada uma das teses que o constituem [o livro Revolução e Contra-Revolução] não temos em nosso coração a menor dúvida. Sujeitamo-las todas, porém, irrestritamente ao juízo do Vigário de Jesus Cristo, dispostos a renunciar de pronto a qualquer delas, desde que se distancie, ainda que de leve, do ensinamento da Santa Igreja, nossa Mãe, Arca da Salvação e Porta do Céu”.
Essa submissão incondicional ao Supremo Magistério da Igreja, que se refletia em todos os seus atos, palavras e escritos, foi merecidamente reconhecida pela Sagrada Congregação dos Seminários e Universidades, em carta de elogio, assinada pelo Cardeal Giuseppe Pizzardo, então Prefeito da mencionada Congregação. Afirmava o ilustre Purpurado na referida missiva:
“Congratulamo-nos (...) com o egrégio autor, merecidamente célebre por sua ciência filosófica, histórica e sociológica, e auguramos a mais ampla difusão ao denso opúsculo, que é um eco fidelíssimo de todos os Documentos do supremo Magistério da Igreja, inclusive as luminosas Encíclicas `Mater et Magistra', de João XXIII, e `Ecclesiam Suam' de Paulo VI.”
Plinio Corrêa de Oliveira foi ainda, em grau eminente, um paladino da devoção a Nossa Senhora no Brasil hodierno. Seu exemplo edificante, seus livros e artigos, seus discursos, estavam sempre imbuídos da devota união que o católico deve ter com Aquela que é a Mãe de Deus e a Medianeira de todas as graças.
Incansável em recomendar o recurso a Nossa Senhora, nunca perdia uma oportunidade de conseguir para Ela um novo devoto, de exaltar seu nome, de introduzir em algum local adequado uma imagem dEla, de recomendar um ato de piedade marial.
Quantas e quantas vezes, ao lhe pedir algum jovem cooperador da TFP um conselho, ouvia de seus lábios:
“Tenha mais devoção a Nossa Senhora”.
A recitação do Rosário, a renovação diária de sua consagração como escravo de Maria — segundo o ensinamento de São Luís Maria Grignion de Montfort — a recitação da Ladainha Lauretana, o uso da Medalha Milagrosa, a recitação dos Salmos do Pequeno Ofício da Santíssima Virgem, a visita aos santuários marianos, ou a simples imagens piedosas, eram algumas de suas devoções assíduas.
A par da devoção a Maria, não era menos ardente, na alma desse batalhador impertérrito, a piedade eucarística. Desde seu ingresso no movimento católico, em 1928, foi grande incentivador da comunhão diária, prática que ele mesmo cultivou, fonte de graças onde retemperava as forças para levar adiante a árdua luta ideológica contra-revolucionária.
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