Um festival do inferno (Hellfest) foi realizado na cidade francesa de Clisson, de 19 a 21 de junho último (cfr. “Correspondance Européenne”, n° 203, julho/2009). Não há engano na informação. Sim, do “inferno”!
Não se tratou simplesmente de um bando de degenerados que resolveu fazer estrepolias, mas foi um evento patrocinado pela cidade, pelo Conselho Regional da Região do Loire e pelo Conselho Geral do Loire-Atlântico. Estiveram presentes à inauguração a vice-presidente da Cultura, Yanick Lebeaupin e o conselheiro regional, Chloé Le Bail. Tudo oficial, portanto. Foi figura de destaque no festival um cantor que atende pelo nome de Marilyn Manson, cuja fama consiste em ser o “reverendo da igreja de Satanás”.
Presente também um outro conhecido seguidor dessa “igreja”, chamado Soan, novo ídolo de rock francês, que se apresenta de um modo extravagante que a imprensa se compraz em chamar de “atípico” ou “gótico”: roupas excêntricas, brincos nas orelhas, olhos tingidos. 108 grupos de “música extrema” produziram um total de 15 horas diárias de algazarra. Entre eles, os Destroyer 666, que se proclamam como anti-cristos prontos a “começar o ataque” e a “fazer fogo”. As vítimas dessa ameaça são, sem dúvida, os cristãos, aos quais eles aconselham a “fazer vossas orações”, pois “não escapareis ao martelo de Satanás”. Ao mesmo tempo, diversos cantores incitaram a “queimar os padres”. É o mesmo grupo que, em seu site na Internet, lança mensagens de morte com imagens de torturas, mutilações, rostos monstruosos, corpos retalhados e olhares desesperados.
Segundo o organizador, Ben Barbaud, cerca de 60 mil pessoas participaram do festival. Um jovem padre enviou um protesto aos patrocinadores, no qual denuncia que o festival contribui “para uma atitude mórbida, que conduziu diversos jovens que eu conheci a se suicidarem; se eu faço esta menção de caráter pessoal, é porque estou em contacto com pais, que ficaram afetados para sempre, e com amigos desses jovens, que estão profundamente chocados” (Présent, 25-6-09).
Que autoridades patrocinem oficialmente a perversão da juventude, por meio de tais delírios demoníacos, só pode fazer Nossa Senhora chorar... enquanto não chegar o momento de Deus intervir com grande poder e majestade. Que Nossa Senhora obtenha do Menino Jesus que Ele faça cessar de vez a abominável onda de blasfêmias e sacrilégios que se avoluma no mundo moderno
Fonte: Revista Catolicismo Dezembro de 2009
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